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terça-feira, 22 de junho de 2010

O barquinho possuído duas vezes...





“Olhe, papai! Olhe, papai! Lá está o meu barquinho! É ele!”


“Tem certeza?”


“Sim! É o meu, é o meu barquinho!”


Um garotinho chamado João gostava muito do mar e gostava também dos barcos. O maior prazer de sua vida era passar um dia inteiro junto à praia vendo os barquinhos entrarem e saírem. Ele morava com os pais numa vila e, claro, à beira de um grande lago. Seu maior desejo era ter um barquinho e fazê-lo navegar naquelas lindas águas azuis.


Um dia, o pai dele disse: “Joãozinho, por que você não faz um barco, então? Eu faço assim: compro para você a madeira, a tinta e você poderá fazer, em minha própria oficina, o seu barco”.


“Verdade, papai?”


“Sim!”


João ficou feliz da vida. E, pouco depois, mostrou ao pai um barco que ele mesmo desenhou. Primeiro, ele foi desenhar o tipo de barco que ele iria fazer e que seria montado por ele mesmo: estava pintado de vermelho e azul e tinha as velas brancas.


Não era bastante grande para levar gente, mas aquele barquinho podia flutuar nas águas do lago, preso por um barbante, cuja ponta João segurava. Como João gostava do seu barquinho! Afinal, foi ele mesmo quem o tinha feito!


Um lindo dia, ele levou o seu barco ao lago. Imagine, crianças, a alegria de ver o próprio barquinho navegando nas ondas daquelas águas tão lindas, tão azuis. E ele podia dirigir o seu próprio barco por meio do barbante, levando aqui, levando ali...


Não era um barco para entrar, entrarem pessoas... Não, era um barquinho pequenininho para ele brincar sobre as águas. Tudo ia bem quando, de repente, ele ouviu o som das sirenes do Corpo de Bombeiros. Era o alarme do incêndio! O carro dos bombeiros passou em alta velocidade: “Uau, uau, uau, uau, uau!”


Depressa, João amarrou o barbante a uma árvore e foi correndo com as outras pessoas para ver o que estava acontecendo. Era um incêndio grande: um quarteirão ficou completamente destruído pelas chamas do fogo e Joãozinho ficou ali olhando o trabalho dos bombeiros.


João se demorou ali junto com muitos outros durante bastante tempo. Finalmente...


“Ah, o meu barquinho! Será que não roubaram o meu barquinho?” E saiu correndo para beira do lago.


“Meu Deus! Cadê o meu barquinho? Será que alguém roubou o meu barquinho?” Olhou pra lá, olhou pra cá, correu pra frente, correu pra trás...


“Alguém deve ter pegado o meu barquinho...” Ele não conseguia achar mais o seu barquinho em parte alguma. Ele saiu andando pela praia, procurava ansiosamente e não encontrou seu barquinho vermelho, azul e branco.


Ele chegou em casa tão triste!


“Papai, roubaram o meu barquinho. O que eu faço? Eu queria meu barquinho de novo! Você me dá madeira para que eu faça de novo meu barquinho?”


O pai disse: “Filho, vamos fazer o seguinte: vamos comprar um barquinho novo para você”.


“Mas, papai, eu não quero! Eu não quero, papai! Outro barco não vai ser igual aquele, aquele barquinho que eu mesmo fiz! Papai, por favor, vamos fazer outro barquinho”.


E, assim, passaram-se várias semanas. Então, um dia, uma coisa estranha aconteceu: ele foi para cidade, na rua principal da vila onde eles moravam. Foi passear com o papai. E, andando pra lá e pra cá, vendo as vitrines das lojas, de repente, João viu o seu barquinho na vitrine de uma loja!


“Papai, olha ali, papai! Este é o meu barquinho! Tem até as cores mesmas que eu pintei, as mesmas cores: vermelho, azul e branco!”


“Ah não, meu filho! Não é possível que o seu barquinho esteja na vitrine dessa loja! Não deve ser o mesmo. Deve ser um outro barquinho pintado com as mesmas cores que o seu”.


“Mas, papai, você tem certeza? Ah, papai, eu acho que é ele, sim! Ah, é o meu barquinho, sim, papai! Tá vendo aquela marca na frente do barquinho? É, é ele, sim!”


“Meu filho, você tem certeza?”


“Tenho certeza!”


“Mas, João, tem uma etiqueta marcando o preço no barco. Esse barquinho está à venda”.


“Mas, papai, é o meu barquinho. Tem até aquela marquinha que eu deixei na frente pra dizer que é o meu barquinho, papai!”


“Então, tá bom, meu filho, se você tem certeza... Você não está mentindo, não é?”


“Não, papai, eu não estou mentindo, estou falando a verdade”.


“Olha, filho, senta aqui, senta aqui comigo, vamos ver, porque a gente pode passar vergonha ao entrar nessa loja!”


“Papai, você sabe que eu não minto. Eu aprendi na Escola Dominical com a minha professora que, quando a gente mente, o nosso coração fica sujo! Quando a gente cola na prova, quando a gente mente para o papai, para a mamãe... Então, eu não tenho esse costume de mentir, papai! Eu tenho certeza que é o meu barco! Eu não estou mentindo para o senhor, eu não quero sujar o meu coração!”


“Então, está bem, meu filho. Quando a gente entrar lá, nós vamos explicar tudo o que aconteceu, que você fez uma marquinha no barco e tudo bem. E, assim, entraram na loja. E, Joãozinho, para admiração do seu pai, logo disse ao dono da loja:


“Senhor, eu passei por aqui e vi este barquinho na vitrine de sua loja. E este barquinho não é do senhor, não”.


“Como assim, garoto? Não é meu barco?”


“Não, esse barco não é seu!”


Aí, o pai disse:


“Não, não, não, senhor, não leve a mal o que ele está dizendo. Eu, eu, eu vou explicar a história, o que aconteceu”.


E ele disse:


“Meu filho tinha vontade de ter um barco e eu acabei comprando alguns materiais para ele e ele fez o barquinho na minha oficina, pintou de vermelho, azul... Como está esse barquinho aí”. E ele fez uma marquinha no barquinho para que não perdesse o seu barquinho.


E o homem contou toda a história para o dono da loja. Aí o dono da loja também não quis mentir e disse a verdade:


“Olha, eu comprei esse barquinho de um pescador”.


“É, mas quando o senhor comprou esse barquinho?”, disse Joãozinho.


“Sabe aquele grande incêndio que houve aqui na ilha?


“Sim”.


“Foi naquele dia: à noite eu comprei de um pescador”.


“Ah, então esse é o meu barquinho mesmo! Sabe por quê? Porque quando deu o incêndio, eu amarrei o meu barquinho na árvore, amarrei ali para a onda não levar o meu barquinho e fui ver o incêndio. Quando eu voltei, não tinha mais o meu barquinho. Ah, então o pescador pegou o meu barquinho e vendeu para o senhor?”


“Sim, pois bem, meu filho, foi o que aconteceu. E eu acabei comprando esse barquinho de uma pessoa que havia praticamente roubado o seu barco, não é verdade? Pois é, infelizmente aconteceu isso, mas você sabe que eu não tenho culpa, não é verdade?”


“Mas, tudo bem, o senhor está dizendo a verdade para mim, eu estou achando bonita a sua sinceridade!”


Os olhos de Joãozinho estavam cheios de lágrimas e pensava ele: “Será que esse homem vai me devolver o barco? Afinal de contas, o barquinho é meu! Eu que construí esse barquinho!”


E, naquele momento, o pai de Joãozinho disse:


“A gente podia fazer um acordo, né, senhor? O senhor poderia devolver esse barquinho e a gente pode lhe ajudar em outras atividades, lhe ajudar aqui na loja, porque o barquinho foi vendido para o senhor, mas era do meu filho. Quer dizer, foi roubado”.


Aí, o homem disse:


“Mas eu também não tenho culpa: eu comprei uma mercadoria roubada sem saber”.


“Não, eu não estou culpando o senhor, mas meu filho queria o barquinho de volta”.


E ficou aquele silêncio...


Aí o dono da loja disse:


“Tá bom, Joãozinho, eu vou lhe dizer o que posso fazer. Vamos fazer assim: eu posso vender o barco pra você pelo mesmo preço que paguei ao pescador. O que você acha desse acordo? Afinal de contas, eu não posso também dar uma mercadoria porque eu vou ter prejuízo nela, não é verdade?”


No rosto de Joãozinho, via-se a resposta: ele concordou. Afinal de contas também, o dono da loja não tinha culpa.


Então, com o seu próprio dinheiro, ele comprou o barquinho que ele mesmo tinha feito. (É meio estranha essa história, não é?) E ali ele foi até à vitrine, tomou o barquinho em seus braços e, ainda na loja, o pai o ouviu dizer:


“Barquinho, você é realmente duas vezes meu agora. É meu porque eu o fiz e é meu porque eu o comprei”.


O dono da loja e o pai de Joãozinho ficaram parados, ouvindo Joãozinho dizer essas palavras: “Este barquinho é meu duas vezes! É meu porque eu que fiz aquele barquinho e é meu porque comprei ele de novo!”


Naquela mesma noite, depois de pensar muito sobre o caso, Joãozinho bateu na porta do quarto: “Toc, toc, toc... toc, toc, toc...”.


“O que é, meu filho?”


“Papai, eu preciso falar algo que eu descobri agora”.


“O que você descobriu, meu filho? Me fale amanhã, porque agora estamos na hora de dormir. Sabe como que é, né? O papai está cansado...”


“Não, papai, um minutinho!”


“Tá bom, meu filho, o que você quer falar comigo?”


“Senta aqui, papai. Eu vou trazer para você um mistério que eu descobri agora através do barquinho, papai”.


“Ah, é?”


“Então, escute: Papai, agora eu entendi uma coisa que eu não tinha entendido naquela lição que a minha professora da Escola Dominical me ensinou”.


“O que a professora falou para você?”


“Na hora eu não entendi, sabe papai, não entendi na hora, mas agora, por causa do meu barquinho, eu entendi. Sabe aquela hora na loja que eu disse para o senhor que o barquinho era duas vezes meu?”


“Lembro, lembro, sim”.


“Então, e sabe o que acontece, papai? Eu também pertenço a Deus duas vezes”.


“Como assim: pertence a Deus duas vezes?”


“É! Não fui eu quem fiz o barquinho?”


“Sim, foi você, filho”.


“E eu não comprei o barquinho?


“Sim, você comprou com o seu próprio dinheiro o barquinho e o que quer dizer isso com a lição da sua professora da Escolinha?”


“Olha, papai, veja bem: eu pertenço duas vezes a Deus porque primeiro: Deus foi quem me fez, Ele quem me criou dentro da barriga da mamãe, Ele quem me fez. E, depois, quando eu cresci, às vezes eu pecava (às vezes, a gente peca, né, papai?) e o coração fica sujo. Deus enviou Jesus por causa do meu pecado e o Senhor Jesus morreu, derramou seu precioso sangue para me comprar de novo. Você entendeu, papai? Agora eu sei a razão porque Jesus me ama tanto! Por quê? Porque Ele me comprou, mas ele também me criou. Eu pertenço a Deus duas vezes, papai!”


“É? Ah... Então é isso?”


“Exatamente! Olha, papai, eu já aceitei a Jesus como o meu Salvador e pertenço a Deus duas vezes! Foi Deus quem me criou e Ele me comprou com o seu sangue”.


“Exatamente, meu filho”.


E, assim, o Joãozinho disse:


“Amanhã, papai, eu vou ler na Bíblia uma passagem muito bonita que diz em I Pedro, capítulo 1 e versículo 18, que nós somos comprados por um bom preço, não com ouro e prata, mas com o precioso sangue de Cristo”.


Joãozinho aceitou a Jesus como o seu Salvador. E, você, quer aceitar a Jesus agora?


E, naquele momento, Joãozinho falou: “Papai, você pode aceitar a Jesus também, papai”.


“Tá bom, filho, amanhã a gente conversa sobre isso, quando você for ler para mim”.


“Mas, papai, pode ser agora a vinda de Jesus, papai. E você não vai ficar aqui, não é?”


“Tá bom, filho, papai está cansado agora. Amanhã eu vou entender melhor essa história”.


“Não, papai, é hoje”.


E, assim, o papai de Joãozinho foi para cama, mas não conseguia dormir: virava para lá e para cá.






“É, tudo bem, amanhã eu vou ver com o Joãozinho”.


E, no dia seguinte, Joãozinho mostrou a passagem de I Pedro, capítulo 1 e versículo 18, onde nós fomos comprados por um bom preço; não foi um preço de ouro, não foi prata, mas o precioso sangue de Cristo:


“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pe 1:18-19).


E, naquele momento, Joãozinho explicou para o papai o plano de salvação, porque Deus enviou Jesus para que nós pudéssemos ser salvos, limpos dos nossos pecados. Depois, o pai de Joãozinho se ajoelhou e aceitou a Jesus como o seu Senhor e Salvador.


E você, criança; você, papai e mamãe: não quer aceitar a Jesus? Você, da mesma maneira, será duas vezes do Senhor, porque foi Ele quem lhe criou e foi Ele quem comprou a sua vida através do seu sangue, da sua morte na cruz do Calvário. E hoje Jesus não está mais morto, mas vivo e ressurreto e vive entre nós!





Essa linda historia encontrei no portal "o pequeno galileu" da tia Débora.
Visite o site é uma bênção!
http://www.ipda.com.br/

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